Previstas para retornarem dia 03 de agosto, GDF recua mas não define nova data
Em reunião com o Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), o governador Ibaneis Rocha decidiu por suspender a volta às aulas presenciais nas escolas do DF. A decisão foi tomada após encontro ocorrido nesta quarta-feira (08).
O governador não pretende editar novo decreto e manterá o que está em vigor, que prevê volta gradativa das atividades. O retorno dos alunos no dia 3, no entanto, está descartado e nova data ainda não foi definida.
Na reunião, que ocorreu no Palácio do Buriti, o sindicato propôs a retomada para setembro, dependendo do cenário da evolução dos casos de coronavírus na capital. “Dia 3 pode ser que tenha o retorno gradual dos professores, ou de outros profissionais. Mas aulas com alunos, isso não vai ocorrer, pois foi o que ficou decidido na reunião. Nesta sexta-feira (10/7), temos uma reunião marcada com o secretário de Educação para um novo planejamento”, frisou uma das diretoras do Sinpro-DF, Rosilene Côrrea.
Justiça determina suspensão de decreto que permite reabertura de comércio e escolas no DF
Apesar do recuo do Governo e sinalizando que não publicaria outro decreto chancelando a decisão pelo não retorno das aulas, O juiz Daniel Eduardo Branco Carnachioni concedeu uma liminar, nesta quarta-feira (8), determinando a suspensão do decreto do governo do Distrito Federal que permitiu a reabertura de academias, salões de beleza, bares e restaurantes e escolas.
Na decisão, o magistrado dá prazo de 24 horas para que o GDF publique um novo decreto suspendendo os efeitos do anterior. A medida vale até que “apresente estudos técnicos e científicos de profissionais da área de saúde pública, médicos, sanitaristas ou cientistas, que respaldem as medidas de flexibilização do isolamento e distanciamento social”.
O juiz ainda traça um paralelo entre a flexibilização das medidas, com abertura do comércio, com o aumento exponencial de casos na Capital Federal, que por sua vez, reflete no aumento de casos no Entorno.
“Na medida em que o isolamento e o distanciamento social eram flexibilizados por sucessivos decretos, na mesma proporção, os casos aumentaram exponencialmente e o Distrito Federal passou a flertar com uma grave crise sanitária e o risco iminente de colapso no sistema público e privado de saúde”, alertou o magistrado.
Atualmente o DF contabiliza 789 óbitos por Covid-19 e 62.867 infectados. (Com informações do G1 e Correio Braziliense).