André Brito *
O termo bully tem tradução em português. Valentão seria seu significado. Bullying seria a ação praticada por esse indivíduo, que imbuído de preconceitos, maltrataria seu semelhante. Mas convencionou-se chamar de bullying toda atitude relacionada à tortura física e psicológica de que são vítimas as crianças, que têm como algozes, colegas da escola.
Quem pratica o bullying também pode ter sido vítima do mesmo mal, seja na escola ou em casa. Peço licença para ir mais além: o “valentão” da escola pode estar sendo vítima de bullying também em casa, por parte de seus próprios pais. A tortura psicológica também acontece em seu lar, desencadeando uma personalidade que o “anjinho” só coloca para fora na escola.
A omissão no que diz respeito à sua educação dentro do lar, muitas vezes é a resposta para um comportamento sádico e violento, não respeitando as diferenças de cor, de condição social ou mesmo de intelecto de outras crianças, refletindo comportamento ou mesmo comentários de pais ou outros familiares dentro de casa. Essa é uma das hipóteses mais imediatas.
A cegueira dos pais em muito contribui para a formação perniciosa da personalidade dos bullies que podem se tornar adultos sem limites, sem conhecimento entre o certo e o errado e com dificuldade de se ajustar à sociedade.
Agora que conhecemos o que é bullying, reconheceremos que também fomos/somos vítimas. Apelidos maldosos e insistentes, aquele menino ou menina que nos persegue ou perseguia, querendo brigar o tempo todo, risos maldosos a cada comentário nosso em sala de aula, ridicularização de nossas atitudes que lhes parecem diferentes. Muitos já passaram por isso e levam os traumas até hoje. A solução era sempre a mais violenta. Chamar alguém para “pegar” aquele chato que não te deixava em paz. Mas não era o correto e as ofensas poderiam até piorar.
Infelizmente o professor sozinho não consegue coibir esses abusos. A mudança tem que ocorrer dentro de casa. A criança sempre reflete na escola como é tratado por pessoas próximas. Ou como NÃO é tratado. Indiferença e permissividade excessiva também são desencadeadores de comportamentos violentos em casa. Cegueira Parental deveria ser crime, assim como é a Alienação Parental.
Claro que o bullying merece uma atenção especial por parte de diretores, coordenadores, professores, mas principalmente dos familiares que devem participar da educação dos filhos. Desde que o mundo é mundo, os seres humanos diferentes são alvo de troça e covardia por parte de seus pares. Na escola não é diferente. E assim mesmo, inaceitável.
De acordo com a OnG Plan, especialista em bullying, um em cada três brasileiros revela ter sido alvo de maus tratos dentro da escola. Vamos trabalhar para que esse número caia, pois isso não é coisa apenas de filme americano: Nossas famílias têm criado bullies. Muitos bullies.
* André Brito é professor, Pós-Graduado em Orientação Educacional e embaixador da leitura.
Artigo publicado em 2011 com adaptações.
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